Quem nunca teve um Nokia 1100? Esse telefone lançado em 2003 e que atingiu vendas superiores a 250 milhões de unidades graças à sua simplicidade, funcionalidade e durabilidade, características que o fizeram entrar para a história da tecnologia. Durante as décadas de 1990 e 2000, a Nokia foi um dos maiores fabricantes de telefones celulares do mundo, mas depois surgiram outros concorrentes no mercado, como a Apple e a Samsung, que tiraram o protagonismo da marca finlandesa.
O tempo passou e em 2011 a Nokia tentou se atualizar através de uma parceria com a Microsoft, adotando o Windows Phone como sistema operacional, mas a estratégia também não teve o sucesso esperado. O responsável por este projeto? Stephen Elop, que atuou como CEO da empresa entre 2010 e 2014, período em que tentou reerguer a empresa, mas acabou vendendo sua divisão de dispositivos e serviços para a Microsoft.

A história do último grande CEO da Nokia
Quando Stephen Elop assumiu o comando da Nokia em setembro de 2010, ele sabia que estava enfrentando o enorme desafio de reviver essa gigante tecnológica que estava à beira da extinção. Apesar de ter dominado o mercado por muitos anos, a empresa já havia perdido uma parcela significativa de mercado, diminuindo aproximadamente 18% entre 2007 e o final de 2010.
Claro que a sua chegada não foi por acaso. Antes da Nokia, Elop tinha ocupado o cargo de diretor executivo na Macromedia, depois ocupou cargos executivos na Juniper Networks e, mais tarde, na Microsoft, onde foi responsável pela divisão de negócios e ajudou a impulsionar versões baseadas na nuvem de programas.
Anos depois, quando chegou à Nokia, deparou-se com um mercado móvel cada vez mais dominado por iOS e Android. Por isso, tentou salvar a empresa implementando uma controversa "parceria estratégica" com a Microsoft.
Isso aconteceu em 2011 e foi o início do sistema operacional Windows Phone, cujo objetivo era se tornar a plataforma principal para os smartphones da Nokia. Mais tarde, foi integrado à linha Lumia, que prometia um bom design com funções integradas, mas chegou tarde demais para competir. Apesar dos esforços, a participação de mercado da Nokia continuou em queda livre, levando a Microsoft a comprar o negócio de dispositivos móveis da empresa por US$ 5,4 bilhões em 2013.
Mais tarde, Elop voltou para a Microsoft, onde liderou o grupo de Dispositivos até 2015, supervisionando produtos como o HoloLens e a linha Lumia. Posteriormente, depois de sair da Microsoft, Elop ocupou cargos executivos na Telstra e depois na APiJET, uma empresa de análise de dados aeronáuticos, embora sem replicar o impacto de seus dias na Nokia e na Microsoft.
Hoje, aos 60 anos, Elop vive uma vida afastada dos meios de comunicação e muito menos pública. Ele preside o conselho de várias organizações tecnológicas e desfruta de sua paixão por voar em seu tempo livre.


