A Administração Nacional da Aeronáutica e do Espaço, mais conhecida como a NASA, está constantemente melhorando seu sistema de telecomunicações. De fato, graças a uma rede global de antenas conhecida como a Rede de Espaço Profundo (DSN, em inglês), eles são capazes de enviar ou receber sinais constantemente das sondas que estão mais distantes da Terra. Uma delas é Psyche, lançada em 13 de outubro de 2023 para explorar o asteroide 16 Psyche, um dos corpos mais misteriosos do cinturão principal de asteroides entre Marte e Júpiter, e que se destaca por ser principalmente metálico, composto principalmente de ferro e níquel, o que é considerado atípico em comparação com outros asteroides rochosos ou gelados.
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E há seis meses de seu lançamento, a NASA comunicou ter alcançado um marco significativo ao receber um sinal de laser inédito da sonda Psyche, que atualmente está se dirigindo para o asteroide avaliado em dez trilhões de dólares.
A NASA recebe sinal da sonda Psyche
Com painéis solares que lhe conferem uma envergadura de 24,7 metros e um peso de 2.747 kg, a sonda Psyche é um grande feito para a engenharia espacial. Por isso, não é de surpreender que esta comunicação tenha ocorrido a uma distância recorde de 226 milhões de quilômetros, demonstrando o potencial das novas tecnologias de comunicação da NASA no espaço profundo.
A Psyche é a primeira sonda espacial equipada com o sistema de comunicações óptico Deep Space Optical Communications (DSOC) da NASA, além de possuir uma antena de rádio tradicional.
Em termos simples, este sistema utiliza um laser infravermelho próximo para transmitir dados, oferecendo uma largura de banda entre 10 e 100 vezes maior do que as antenas de radiofrequência convencionais, permitindo assim enviar e receber mais dados em menos tempo.
Desta forma, em 8 de abril passado, a NASA realizou um teste crucial quando a sonda Psyche estava a 1,5 vezes a distância entre a Terra e o Sol. O resultado? A nave conseguiu transmitir dados de telemetria usando seu laser, atingindo velocidades de transferência de 25 Mbps, comparáveis às de uma conexão ADSL.
Esta foi a primeira vez que a nave conseguiu transmitir dados de engenharia por laser, superando até mesmo experimentos anteriores que incluíram a transmissão de um gato em 4K a partir de 30 milhões de quilômetros de distância. Lembram-se disso?
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Embora o DSOC não seja projetado para transmitir dados científicos do asteroide quando Psyche chegar ao seu destino, seu desenvolvimento marcou um marco para futuras missões interplanetárias, incluindo viagens tripuladas a Marte.
A nave, que passará por Marte em maio de 2026 e chegará ao seu destino em julho de 2029, tem a tarefa de explorar um dos maiores asteroides metálicos conhecidos, que poderia ser o núcleo exposto de um antigo protoplaneta. E por enquanto, segundo foi divulgado, o Laboratório de Propulsão a Jato da NASA planeja realizar mais testes em junho, quando Psyche estiver a cerca de 2,5 vezes a distância entre a Terra e o Sol.