Há alguns dias, completaram-se 100 anos desde a morte de Vladímir Ilich Lenin. Mas a jornada do político da URSS, popularmente conhecido como Lenin, não terminou após sua morte em 1924. E é que a história de Lenin continuou com o estudo de seu cérebro.
Numa tentativa de desvendar a “genialidade” desse emblemático líder da União Soviética, a ciência extraiu e preservou seu cérebro para uma análise detalhada.

O que foi encontrado no cérebro de Lenin?
A viagem do cérebro de Lenin começou após uma proposta de estudá-lo em Berlim, Alemanha, pelo renomado neurologista Oskar Vogt.
No entanto, a desconfiança de Stalin em relação à participação estrangeira levou ao estudo ser realizado na União Soviética.
Vogt, responsável por examinar o cérebro, descobriu características neuronais únicas, interpretadas como sinais de uma inteligência excepcional. No entanto, essas descobertas foram envoltas em controvérsias e retóricas políticas.
O cérebro de Lenin, guardado em formol, foi dividido em mais de 30.000 seções e estudado em profundidade, mas os resultados geraram debate e ceticismo.
Com o tempo, a análise do cérebro se tornou uma ferramenta política, utilizada por Stalin para consolidar seu poder e se apresentar como o herdeiro da genialidade de Lenin.
O mais curioso? Mesmo após o desaparecimento da União Soviética, o cérebro de Lenin continua sendo objeto de pesquisa, embora as interpretações de sua “genialidade” ainda sejam amplamente questionadas.

