A discussão em torno das aplicações da Inteligência Artificial na vida das pessoas está em seu auge. Pode uma IA aconselhar minhas escolhas? Pode uma IA me dar um diagnóstico médico? As respostas seriam sim e sim.
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Um estudo recente revelou que já existe uma inteligência artificial (IA) desenvolvida pelo Google, conhecida como Explorador de Inteligência Médica Articulada (AMIE), que poderia oferecer diagnósticos mais precisos do que médicos humanos, especialmente em condições respiratórias e cardiovasculares.
Esta descoberta, publicada na Nature e no repositório arXiv, sugere um avanço significativo no campo da medicina digital.
A metodologia do estudo
O estudo envolveu a simulação de pacientes e seus diagnósticos, utilizando atores para interpretar certas condições médicas e comparando as respostas do chatbot AMIE com as de médicos reais.
O sistema foi treinado com dados do mundo real, como registros eletrônicos de saúde e transcrições médicas, embora ainda não tenha sido testado em pacientes reais.
Os resultados revelaram que a IA do Google pode desempenhar um papel importante na democratização dos cuidados de saúde, embora os autores enfatizem que não deve substituir a interação humana na medicina.
A razão? A precisão do chatbot igualou ou superou a dos médicos em várias especialidades, abrindo as portas para futuras aplicações clínicas.
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Revolução na medicina?
Apesar dos avanços, o "Doctor IA" do Google ainda não está pronto para implementação clínica, e ainda não se sabe quando poderá estar disponível para o público em geral.
Isso ocorre porque ainda são necessários muitos estudos adicionais para avaliar possíveis viéses e garantir sua eficiência em diversas populações.
Além disso, estão sendo considerados aspectos éticos e de privacidade no uso dessa tecnologia, um tema em alta e em constante mudança.
Alan Karthikesalingam, coautor do estudo e pesquisador do Google Health em Londres, ressaltou que essa IA deve ser interpretada com cautela e usada em conjunto com o cuidado médico humano.
Além disso, reconheceu que os médicos humanos têm vantagens na interação direta com os pacientes que a IA ainda não pode replicar, por isso devem ser um complemento para alcançar o resultado mais ótimo.