No mundo da inovação científica, um dos desenvolvimentos mais surpreendentes dos últimos tempos foi a “árvore líquida” conhecida como Liquid 3, uma criação da Universidade de Belgrado.
De acordo com o Milenio, este avanço revolucionário baseia-se no uso de microalgas para purificar o ar e reduzir as emissões de dióxido de carbono em áreas urbanas, proporcionando esperança na luta contra a poluição do ar.
Assim como as árvores convencionais, as microalgas são capazes de realizar o processo de fotossíntese e, consequentemente, absorver dióxido de carbono. No entanto, o que torna o Liquid 3 excepcional é sua eficiência, que demonstrou ser de 10 a 50 vezes maior do que a de uma árvore tradicional.
Esta solução biotecnológica é apresentada como uma alternativa à impossibilidade de plantar árvores reais em áreas urbanas devido às limitações de espaço. Seu objetivo principal é complementar a presença de árvores em áreas urbanas onde plantar árvores convencionais não é uma opção viável.
Sobreviver, apesar da poluição
Um aspecto notável do Liquid 3 é sua capacidade de sobreviver em condições de alta contaminação. Enquanto as árvores comuns não podem prosperar nessas circunstâncias, as algas mostram uma notável resistência.
Além disso, a manutenção é simples: basta remover a biomassa resultante da divisão das algas, que pode ser usada como um fertilizante valioso. Em seguida, adicione água e minerais frescos, o que permite que as algas continuem crescendo indefinidamente.
Esses fotobiorreatores, fabricados com microalgas e água, oferecem às cidades a capacidade de desfrutar dos benefícios proporcionados pelas árvores e espaços verdes em geral. Projetados como uma solução de emergência para enfrentar problemas ambientais urgentes, as “árvores líquidas” já estão sendo implementadas em Belgrado, uma cidade da Sérvia que luta contra a alta poluição do ar, em grande parte causada por emissões de gases de efeito estufa.
Cada unidade de Liquid 3 contém 600 litros de água e tem a capacidade de remover a mesma quantidade de dióxido de carbono que duas árvores de 10 anos de idade ou 200 metros quadrados de grama. Um dado relevante é que este sistema é eficaz tanto no inverno quanto nos meses mais quentes e ensolarados do verão.