Um sistema digital inovador surge como uma opção real para detectar a existência de vida atual ou passada em planetas como Marte. Trata-se de um mecanismo que aplica a inteligência artificial aos sensores de naves espaciais ou rovers que viajaram ao nosso vizinho planetário ou à Lua.
O grupo de cientistas que desenvolveu este teste diz que seu teste tem 90% de eficácia na detecção de sinais de vida em outros mundos. Eles testaram seus mecanismos de aprendizado automático na Terra e agora estão avançando para entrar em contato com agências espaciais para testar o sistema.
De acordo com o que relata o Infobae, os pesquisadores acreditam que o sistema de inteligência artificial que desenvolveram tem a capacidade de prever a existência de vida extraterrestre simplesmente com amostras tomadas em outro planeta.
Um dos grandes avanços deste trabalho é que ele usa dados coletados por instrumentos que já estão presentes em uma variedade de naves espaciais. Então, os dados existentes de Marte podem ser enviados para este algoritmo e nos dar uma resposta positiva ou negativa “, disse o coautor do sistema, Jim Cleaves, do Laboratório Terra e Planetas da Carnegie Institution for Science, em declarações à EFE, publica o Infobae.

Como funciona?
Os promotores do método explicam a análise se baseia na análise do padrão molecular que é obtido com a pirólise com cromatografia de gases e espectrometria de massas, dois métodos que identificam cada um dos componentes nas amostras coletadas de planetas como Marte, a Lua ou o asteroide Bennu.
Eles treinaram a inteligência artificial com amostras coletadas na Terra, onde há o desenvolvimento da vida como a conhecemos e, ao detectar algo semelhante em outro mundo, ela dispara uma espécie de alerta.
Esse sistema inovador também serve para analisar rochas misteriosas encontradas na Terra, cuja origem ainda é desconhecida.
“Estamos recebendo amostras de toda a história da Terra para determinar se podemos discriminar a aparição de diferentes tipos de organismos com a história geológica. Há amostras das fases mais precoces da história do planeta sobre as quais se debate se são amostras de vida ou não”, menciona Cleaves.

