O presidente interino Michel Temer negou que esteja planejando ser candidato à Presidência da República nas eleições de 2018. Em nota divulgada neste domingo, Temer se disse “honrado” com a lembrança de seu nome, mas que vai apenas completar o atual mandato “se o Senado Federal assim o decidir”. O julgamento final da presidente afastada Dilma Rousseff está previsto para começar no dia 29 de agosto.
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“Fico honrado com a lembrança de meu nome como possível candidato em 2018. Mas reitero, uma vez mais, que apenas me cabe cumprir o dever constitucional de completar o mandato presidencial, se o Senado Federal assim o decidir. Não cogito disputar a reeleição. Todos meus esforços, e de meu governo, estão voltados exclusivamente para garantir que o Brasil retome a rota do crescimento e seja pacificado”, diz o comunicado presidencial.
Em entrevista ao Estadão, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) afirmou que, caso o Senado confirme o impedimento de Dilma e Temer permaneça no posto, aliado a uma melhora nos números de aprovação do atual presidente, este seria candidato, forçado pela circunstâncias, “quer queira, quer não”.
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“Se o Michel for confirmado presidente, e o governo chegar a 50% de ótimo e bom, ele é que será o candidato do nosso campo, quer queira, quer não”, disse Maia, que ainda previu uma vitória sobre o petista Luis Inácio Lula da Silva.
“Nesse caso, há uma forte tendência de ir para o segundo turno e ganhar de Lula”, afirmou o democrata, que faz pouco da concorrência dos tucanos, por exemplo, ou do próprio DEM.
“Tudo isso será nada se o Michel estiver muito bem, como eu acredito que pode estar; o caminho natural, então, é que os partidos da base construam entre si o pedido para que ele possa continuar”, afirmou o deputado, que já previa a resposta.
Ele vai brigar comigo
“Eu sei que ele vai brigar comigo por estar dizendo isso, mas, olhando o cenário de hoje, e projetando 2018, o Michel vai ter dificuldade em negar esse pleito por parte dos partidos que compõem a base. É a única candidatura que pode unificar a base do governo”, disse.